29 novembro 2011

A Cidade do Sol » Khaled Hosseini

Postado por Renato Nascimento às 07:30

» Título: A Cidade do Sol
» Autor(a): Khaled Hosseini
» Editora: Nova Fronteira
» Número de Páginas: 368
» ISBN: 9788520920107
» Avaliação Final


Mariam tem 33 anos. Sua mãe morreu quando ela tinha 15 anos e Jalil, o homem que deveria ser seu pai, a deu em casamento a Rasheed, um sapateiro de 45 anos. Ela sempre soube que seu destino era servir seu marido e dar-lhe muitos filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos.
Laila tem 14 anos. É filha de um professor que sempre lhe diz: "Você pode ser tudo o que quiser." Ela vai à escola todos os dias, é considerada uma das melhores alunas do colégio e sempre soube que seu destino era muito maior do que casar e ter filhos.
Mas as pessoas não controlam seus destinos. Confrontadas pela História, o que parecia impossível acontece: Mariam e Laila se encontram, absolutamente sós. E a partir desse momento, embora a História continue a decidir os destinos, uma outra história começa a ser contada, aquela que ensina que todos nós fazemos parte do "todo humano", somos iguais na diferença, com nossos pensamentos, sentimentos e mistérios.

     Um suspiro bem profundo foi o que fiz após terminar a leitura do livro. Se o Khaled Hosseini já me deixou emocionado em O Caçador de Pipas, na Cidade do Sol ele conseguiu fazer melhor: me fez chorar. Não tenho vergonha de admitir que chorei em certa parte do livro, quando Laila lê a carta de Jalil para Mariam.
     A história começa com o preconceito com os Haramis, os bastardos. Mariam é uma harami, e logo no começo leva um "tapa na cara" da vida que mostra o que a sociedade pensa sobre os bastardos, e esta flui de maneira agradável e em nenhum momento pareceu cansativa, e me prendeu do começo ao fim. Khaled tem um grande efeito sobre mim. Não sei se é o seu estilo de escrita, as histórias que parecem tão reais e nos fazem sentir diversos sentimentos ao mesmo tempo - literalmente vivemos a história.
     Um ponto que devo frisar é que o livro é bem "atual". Mesmo sendo escrito em 2007, todos nós sabemos o quanto as mulheres no Afeganistão sofrem e como tudo acontece lá, e o livro retrata isso sem corte algum e de uma maneira simples e intensa.
     O enredo, no meu ver, é muito original, apesar de ter aqueles fatos que todo livro de drama tem - alguém que sofre, alguém que ajuda, dificuldades, etc - e se desenvolve de uma maneira surpreendente e acaba de um modo que você sente orgulho dos personagens.
     Falando em personagens, os protagonistas dessa história são muito bem definidos, e não ficam trocando de personalidade o tempo todo. Hosseini conseguiu fazer isso em O Caçador de Pipas, e veio repetir a façanha de nos cativar com seus personagens nesse livro também.
     Este é um daqueles livros que eu não tenho muito o que falar, pois são simplesmente perfeitos. Se você nunca leu, compre-o ou procure na biblioteca mais próxima. Uma grande lição e um aprendizado de uma maneira sutil e emocionante.



2 comentários:

Raphaela on 29 de novembro de 2011 às 16:47 disse...

Renatíssimo,

esse é o tipo de livro que você não tem o que comentar pq a essencial dele já é inexplicavelmente perfeita.

O autor me conquistou tanto nesse como em O Caçador de Pipas e confesso que chorei nos dois. E recomendo a não ler que nao tem o coração muito forte para emoções de todos os tipos (principalmente de revolta), por que os dois são entupidos do mesmo. Eu nao me interesso por esse tipo de cultura, pq eu fico muito nervosa em ver como as mulheres sao tratadas, mas esse foi uma exceção a parte. Impossivel ficar sem.

óTima resenha!

Beijokas! :*

Raphaela
Equalize da Leitura
@EqualizeLeitura

Unknown on 5 de dezembro de 2011 às 14:05 disse...

Ficou muito boa a sua resenha, sou doido para ler esse livro, do autor já li o caçador de pipas e gostei muito!

http://entrepaginasdelivros.blogspot.com/

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