29 junho 2012

Resenha » Garota Replay

Postado por Renato Nascimento às 16:40 0 comentários

Garota Replay
Tammy Luciano – 144 páginas – Editora Novo Conceito (Selo Jovem)

sinopse

Thizi é uma garota do bem, apaixonada pela vida. Mas, após uma madrugada trágica, sente que tudo à sua volta desmorona. Descobre que Tadeu, seu namorado, beijou uma garota em uma noitada e quebrou o nariz de Tito, melhor amigo de Thizi, quando soube que ele fotografou a prova da traição. Na mesma noite, Tadeu dirigiu bêbado e causou grave acidente, que deixou o amigo Gabiru em coma. Em meio a tanta decepção, Thizi encontra uma Replay de si mesma, uma igual. Agora, não mais a única do planeta, ela se sente a pessoa mais solitária do mundo e precisa entender que só o amor tem o poder de provocar as melhores mudanças. Garota Replay trará reflexões para desvendar os segredos da vida de Thizi. E da sua também...

Antes de tudo, agradeço mais uma vez á minha mãe por ter lido o livro e compartilhado comigo sua opinião. Apesar de ser um livro para jovens (percebe-se pelo selo), minha mãe leu e gostou. 
Com uma linguagem atual, Tammy Luciano desenvolveu a história muito bem. 
O livro é um pouco confuso no começo, e a autora repete o mesmo fato algumas vezes durante a narrativa. Com personagens reais que retratam os medos dos jovens e com um enredo bom que só poderia dar certo, Tammy conseguiu prender minha mãe do começo ao fim da leitura. 
O ápice do livro é o final. Minha mãe o descreveu como “supersurpreendente”. Nunca imaginaria que aquele poderia ser desfecho de uma história que podia ter sido levado para o lado da ficção.
   Recomendado.


28 junho 2012

Resenha » O Símbolo Perdido

Postado por Renato Nascimento às 11:26 0 comentários


O Símbolo Perdido
Dan Brown – 496 páginas – Editora Sextante (Selo Ficção)

sinopse
  Em O símbolo perdido, o célebre professor de Harvard é convidado às pressas por seu amigo e mentor Peter Solomon – eminente maçom e filantropo – a dar uma palestra no Capitólio dos Estados Unidos. Ao chegar lá, descobre que caiu numa armadilha. Não há palestra nenhuma, Solomon está desaparecido e, ao que tudo indica, correndo grande perigo. 
  Mal’akh, o sequestrador, acredita que os fundadores de Washington, a maioria deles mestres maçons, esconderam na cidade um tesouro capaz de dar poderes sobre-humanos a quem o encontrasse. E está convencido de que Langdon é a única pessoa que pode localizá-lo. Vendo que essa é sua única chance de salvar Solomon, o simbologista se lança numa corrida alucinada pelos principais pontos da capital americana: o Capitólio, a Biblioteca do Congresso, a Catedral Nacional e o Centro de Apoio dos Museus Smithsonian. 
  Neste labirinto de verdades ocultas, códigos maçônicos e símbolos escondidos, Langdon conta com a ajuda de Katherine, irmã de Peter e renomada cientista que investiga o poder que a mente humana tem de influenciar o mundo físico. O tempo está contra eles. E muitas outras pessoas parecem envolvidas nesta trama que ameaça a segurança nacional, entre elas Inoue Sato, autoridade máxima do Escritório de Segurança da CIA, e Warren Bellamy, responsável pela administração do Capitólio. Como Langdon já aprendeu em suas outras aventuras, quando se trata de segredos e poder, nunca se pode dizer ao certo de que lado cada um está.

"Durante séculos, as 'mentes mais brilhantes' da Terra haviam ignorado as ciências antigas, zombando delas como se fossem supertições ignorantes, armando-se de um ceticismo arrogante e de novas espantosas tecnologias - ferramentas que só faziam afastá-las mais da verdade. Os avanços de cada geração são desmentidos pela tecnologia da geração seguinte. Assim havia sido por muitos séculos. Quanto mais o homem aprendia, mais se dava conta de sua ignorância. "
(Pág. 59, Capítulo 14, Sexto Parágrafo) 

   Sempre adorei livros que apresentam novos fatos, teorias e informações reais. Mesmo que eu não acredite nas teorias ou ideias apresentadas, sinto prazer em ter o conhecimento. Acho que é por isso que os livros do Dan Brown sempre me chamaram a atenção, e apesar das críticas negativas decidi dar uma chance.
   A capa do livro é simplesmente fantástica. O relevo nos símbolos nos dá a sensação de tocar o mistério que há no livro. A diagramação é ótima e as páginas são amarelinhas, o que facilita muito a leitura, principalmente para mim que uso óculos. Resumindo, é um excelente trabalho editorial.
   Quando pesquisei sobre o livro, vi muito gente afirmando que Dan Brown enrola muito. Sinceramente, é uma das melhores narrativas que já vi. Informação no ponto e na quantidade certa, com uma fluência nos fatos incrível. Durante a leitura, achei que o livro seria previsível, mas o tio Dan deu reviravoltas surpreendentes e revelou segredos inimagináveis. Simplesmente fantástico.
   Os personagens são tão reais que admiro Robert, tenho medo de Mal’akh, penso seriamente que Sato é mal amada e, se pudesse me casaria com Katherine.
   O grande segredo do livro, que só é revelado no final (não gosto muito de livros que revelam o xis da questão antes do fim, dá a impressão de que o resto é só pra encher linguiça), é tão simples que me senti um completo idiota por não ter pensando antes, afinal, Dan Brown deu dicas o tempo todo.
 Totalmente emocionante, vale a leitura. 

14 junho 2012

Resenha » Sonetos

Postado por Renato Nascimento às 18:38 1 comentários
AUTOR: William Shakespeare
EDITORA: Martin Claret (cortesia)
NÚMERO DE PÁGINAS:216
ISBN8572327177

        




       Soneto é uma composição poética de 14 versos, em geral rimados e dispostos em quatro estrofes, duas de quatro versos e duas de três. Ao que tudo indica, o soneto foi criado na Sicília, onde era cantado da mesma forma que as tradicionais baladas provençais. Essa composição poética aderiu nos tempos modernos ao humanismo e também à devoção barroca. Foram mestres dessa forma literária Dante, Petrarca, Camões, Shakespeare e outros clássicos. Os Sonetos (Sonets) de Shakespeare, um dos maiores dramaturgos da literatura universal, são uma coletânea de 154 sonetos que, em plena era elizabetana, entre 1593 e 1600, figuram entre as mais belas e importantes obras em língua inglesa. Os temas abordados, na maioria dos sonetos, são o amor, o ciúme, a morte, o mistério e outras paixões do ser humano.

  Todos nós sabemos o quão Shakespeare é importante para a literatura. Além de ter criado obras que na minha concepção são leituras obrigatórias, deixou uma incrível coleção com cento e cinquenta e quatro sonetos, que falam das paixões do ser humano.
  William Shakespeare é um gênio, e não me decepcionou durante a leitura. Os sonetos parecem conversar entre si, formando uma única história emocionante.
  Além disso, temos um apêndice com o poema "Queixas de uma Amorosa" e uma mini-biografia, tornando o livro essencial para aqueles que são fã, e indispensável para quem deseja conhecer o Shakespeare homem, pai, avô e acima de tudo, o poeta.
  Não importa o quanto eu escreva, nunca vou conseguir descrever o livro da forma que ele merece. Desde que o recebi, sempre o carrego para qualquer lugar.
  Abaixo, dois sonetos que destaquei durante a leitura e que falam de duas coisas essenciais na minha vida: a música e a amizade. Uma coisa bem interessante nos sonetos é que sempre os dois últimos versos rimam, fazendo com que o fim do soneto seja musical. 

Pág 34 - Soneto VIII
Por que é que não te agrada a música?O suave
Com o suave condiz; com a alegria, a alegria
Por que gostas de ouvir o que a tristeza trave?
Por que te afazes tanto e tanto a essa agonia?
Se a delícia dos sons, unidos, afinados,
Consorciados, portanto, o teu ouvido ofende,
É porque eles, assim, sendo em si concertados,
Aos dotes se te opõem e à solidão que os prende.
Nota como, casada uma com uma outra corda,
Todas em pleno acordo a soarem no instrumento,
São qual família feliz família, onde acha um transborda
O anseio da união, fértil sempre de alento.
    A música do lar, de mudos cantos feita,
    Por seres tu solteiro, é que não deleita.

Pág 142 - Soneto CXVI

Nada embaraça a união de almas amigas, nada.
Amor não é amor que se afrouxa, se altera,
Perante alteração da criatura amada,
Ou se apaga e se esvai, como simples quimera.
Oh! não, jamais. O amor é um farol permanente
Que enfrenta os temporais, fazendo-se invencível;
É para o barco errante estrela perfulgente
De insondável valor, mas de altura medível.
Do tempo o amor não tem a fúria, ainda que faces
E lábios róseos há rente â sua focinha.
Imarcescível, forte assim, vai, sem trespasses,
Com o ente amado, até da dor a extrema linha.
    Quem de falsos tachar os versos que ora digo,
    Não tem nem goza o amor do verdadeiro amigo.


AVALIAÇÃO FINAL



 

Marco do Percurso Copyright © 2012 Design by Antonia Sundrani Modificado por Renato Nascimento